quarta-feira, 28 de julho de 2010

Uma vida por um Reino.

Nunca havia sentido tamanha sensação antes. Uma mistura de euforia com adrenalina que queimavam-lhe o corpo. Seu rosto vermelho e suas mãos trêmulas enganavam sua já decidida mente. Não iria voltar atrás, a covardia não existia em seu vocabulário. Fechou os olhos e relembrou de tempos simples, onde ele possuía o que queria, tinha seus sonhos, seus desejos e seu amor. Uma lágrima tentou escapar de seus olhos, mas foi impedida por um brusco movimento de seu ante-braço passando por seu rosto. Não era hora de chorar pelo que havia perdido.

"Aquele canalha! Pagará por cada merda que trouxe ao mundo! Eu juro!", depois de gritar mentalmente tais palavras, levantou-se. Olhou para cama e viu seu uniforme bem passado e limpo. Cuspiu em sua suástica, e logo em seguida limpou-a com os pés. Vestiu lentamente sua roupa, olhou o relógio que marcava nove horas e trinta minutos da noite. "Mais oito minutos, apenas oito minutos".

Andou até a janela e avistou um carro escoltado por dezenas de homens armados parar em frente ao hotel. Era ele, havia chegado o homem que causara todas as suas dores e sofrimentos, era chegada a hora. François podia sentir o cheiro daquele bigode imundo de dentro do seu quarto. Destrancou a porta principal de seu quarto, entrou no banheiro e encostou a porta. Seus olhos lacrimejavam, suas pernas tremiam com suas mãos, dose máxima de adrenalina correndo em suas veias.

A porta se abriu, e segundos depois se fechou. Pelo silêncio foi possível ouvir seus passos em direção a cama, e até mesmo as molas se contraindo do colchão da cama. "Estou indo, Louise." Abriu rapidamente a porta do banheiro, olhou com ódio para o führer, sorriu de apenas um lado da face e disse "hail". Destravou sua granada, caiu de joelhos e sua última lágrima tocou o chão.